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A Nissan confirmou que trará de volta ao Brasil o sedã médio Sentra. Lançada em 2019 na China, a nova geração desembarca no país entre o segundo semestre deste ano e o início de 2023 – a fabricante costuma concentrar os lançamentos no fim do ano fiscal, em abril. A recém-lançada Frontier é um exemplo disso.

O retorno do Sentra ao Brasil faz parte da estratégia da Nissan de tentar conquistar os “órfãos” do Honda Civic – o sedã deixou de ser produzido no país no final do ano passado. A nova geração será vendida por aqui, mas chega importada dos Estados Unidos no segundo semestre, e bem mais cara.

O Sentra também será importado, mas do México. Assim, não paga imposto de importação, já que os países mantêm um acordo comercial. Essa é uma das vantagens que o Nissan deve ter sobre o Honda. Outra é que o Civic pode chegar com uma gama reduzida de versões.

No México, o Sentra é vendido em cinco configurações – quatro com câmbio CVT e uma com caixa manual. Ainda há variações com pintura com dois tons. Para o Brasil, devem chegar as opções mais caras e completas.

Entre os principais equipamentos estão ar-condicionado digital de duas zonas, controlador de velocidade adaptativo, alertas de ponto cego, mudança de faixa e de tráfego cruzado, frenagem automática de emergência e bancos de couro com ajustes elétricos.

O motor é sempre o 2.0 de quatro cilindros aspirado de 145 cv e 20 kgfm de torque. Uma versão com injeção direta e alguns cavalos adicionais pode ser escolhida.

O novo Sentra não lembra em nada a versão anterior, oferecida até meados do ano passado no Brasil. Com visual mais arrojado, o modelo lembra o Altima, “irmão” maior e o Versa, posicionado logo abaixo.

Os faróis são afilados e ajudam a marcar a dianteira junto com a grade cromada em forma de V. Na lateral, a queda prolongada do teto remete a um fastback. Há saídas de ventilação circulares, freio de estacionamento eletrônico e quadro de instrumentos parcialmente digital na cabine. O volante é idêntico ao de Kicks e Versa.

Segmento agoniza

O segmento de sedãs médios foi praticamente engolido pelo de SUVs nos últimos anos. Em 2022, há apenas quatro modelos oferecidos regularmente: Toyota Corolla, Chevrolet Cruze, Caoa Chery Arrizo 6 Pro e Kia Cerato. O próprio Civic deixou de ser vendido e o Volkswagen Jetta teve os estoques zerados para aguardar a versão atualizada.

Como comparação, há dez anos, havia 13 sedãs médios disponíveis no país.

A justificativa é de que as vendas também são muito mais discretas. Em fevereiro de 2012, foram emplacados 16.886 sedãs médios. Sozinho, o Toyota Corolla, líder do segmento, entregou 3.676 unidades.

O número é um pouco menor que os 3.891 exemplares da soma de licenciamentos dos sedãs médios em fevereiro deste ano.